quarta-feira, 30 de julho de 2003

Random search


http://www.google.pt/search?q=...=UTF-8&oe=UTF-8&hl=pt-PT&meta=
http://www.google.com.br/searc...+Google&as_epq=&as_oq=&as_eq=&
http://www.google.pt/search?q=...gle&hl=pt-PT&ie=UTF-8&oe=UTF-8
http://www.google.com.br/searc...e=UTF-8&oe=UTF-8&start=60&sa=N
http://www.google.com.br/searc...ie=UTF-8&oe=UTF-8&hl=pt-BR&lr=
http://www.google.pt/search?q=...8&hl=pt-PT&meta=cr%3DcountryPT
http://www.google.com/search?h...nG=B%C3%BAsqueda+en+Google&lr=
http://www.google.pt/search?q=...mor_Leste/+dicion%C3%A1rio+tet
http://www.google.com.br/searc...pt-BR&btnG=Pesquisa+Google&lr=
http://janela.do.sapo.pt/links.html
http://www.google.com.br/searc...te&ie=UTF-8&oe=UTF-8&hl=pt&lr=
http://www.google.pt/search?q=...e=UTF-8&oe=UTF-8&start=20&sa=N
http://homepages.sapo.pt/destaques.php
http://www.google.pt/search?hl...=Pesquisa+Google&meta=lr%3Dlan
http://www.google.pt/search?as...F-8&btnG=Pesquisa+Google&as_ep
http://www.google.com.br/searc...ie=UTF-8&oe=UTF-8&hl=pt-BR&lr=
unknown
http://www.google.com/search?a...epq=fotografias+de+satelite&as
unknown
http://pesquisa.sapo.pt/search...a=resumo&chan=&q=timor+lorosae

Esta estranha e esotérica lista refere os últimos 20 acessos ao sítio e a este weblog. Google, google, google, google, google, google, google, google, google, google, google, google, google, google, google. Isto mais parece um peru a grasnar. E a coisa continua assim por páginas e páginas (4 disponíveis, de cada vez) do contador de acessos; invariavelmente, assim, há meses e meses. Para os menos habituados a estas coisas, devo resumir que ilacções se podem retirar disto e o que significa, afinal, que a esmagadora maioria dos acessos seja via Google. É muito simples: como o sítio e o blog, em conjunto, contêm cerca de 200 páginas, mais de 20 Mb de informação, as pessoas vêm aqui parar porque há sempre alguma coisa, algures nos conteúdos, que lhes interessa: o gato da vizinha, sado-masoquismo e outras artes esconsas, patati+patata+etc+tal, coisas do arco da velha, pasteis-de-nata, óleo de carter, o hino de Singapura - letra e música, santos de casa não fazem milagres, tlf sacana guterres (com o critério de pesquisa "cabrão", em acessório), "Lili oui c'est moi", etc., etc.

Significa isto também que, à excepção dos raríssimos "unknown" (nestes 20 há 2, mas isso acontece poucas vezes), todos os outros vêm aqui parar ao engano; procuram e encontram, mas não era bem isto, era outra coisa. Ou seja: não só o número de visitantes vai atingindo mínimos históricos - na modesta história do sítio de Timor - a cada novo dia, como os poucos sobrantes não passam de lapsos, pessoas que não têm nada a ver com, não querem saber de (para nada), e não fazem a mínima ideia do que seja... Timor.

A pergunta que se impõe é simples: para que serve?

A tremenda resposta é ainda mais simples e não deixa lugar a quaisquer dúvidas, como de resto já anteriormente foi dito e explicado: para nada. É a mais pura e absurda perda de tempo. Não é o sítio que deixou de fazer sentido; ou, melhor, é o sítio que deixou de fazer sentido; Timor lá está, graças a Deus. Algures, mas existe... ao que se presume.

Persistir em informação que ninguém quer, em comunicação que ninguém procura, em laços que ninguém deseja, isso é que se vai transformando num cada vez mais confrangedor equívoco, numa exponencialmente aterradora indiferença, num crescente desinteresse, num humilhante desprezo pelo trabalho produzido.

Bem ilustrativo de tudo isso, que é nada e coisa nenhuma, é a quantidade espantosa de comentários que este "post" irá suscitar, à semelhança dos anteriores.

Aceitam-se apostas.


Exmos Senhores,

Sou webmaster do Papagaio Desportivo em http://papagaiodesportivo.do.sapo.pt

Estou indignado por mais uma manobra de monopolização do sapo para utilização dos seus serviços. Anteriormente, já nos tinham cortado o acesso por FTP aos clientes não SAPO.

Hoje, reparei numa pequena mensagem na página do WebExplorer da Homepages do SAPO que passo a citar:

"A partir do próximo dia 1 de Setembro, o registo de novos endereços de Homepages do SAPO, toda a área de edição de conteúdos e o envio de ficheiros (via Web e FTP), vão passar a ser um exclusivo dos Clientes do Acesso SAPO (SAPO ADSL.PT e SAPO LIVRE).

Se ainda não é Cliente de um dos Acessos SAPO, garanta por isso a continuação da sua presença nas Homepages do SAPO, subscrevendo já um Acesso SAPO LIVRE"



Considero esta atitude mais uma afronta aos webmaster que têm páginas no SAPO, e não tenho a certeza de ser completamente legal. Bem sei que eles nos oferecem serviços, mas existem milhares de alojadores gratuitos sem termos que nos subjugar a estratégias de negócios. E, pensando bem, não somos nós que precisamos do alojamento deles. São eles que precisam da nossa criatividade, carolisse e boa vontade para enriquecer as páginas do SAPO da forma que fazemos.

Deste modo, nenhum português que viva no estranjeiro, está habilitado a utilizar o alojamento sapo, algo que considero indecente para a comunidade portuguesa - e não são poucos.

Gostaria de saber se estão interessados em participar num protesto que conciste pode ter dois formatos:
- Encerrar completamente o site, substituindo a página inicial por index-encerrado.htm em anexo
- Não encerrar o site mas indicar que se está em protesto substituindo a página inicial por index-protesto.htm em anexo



Para o meu site, seguirei pelo 1º caso. Naturalmente que não será necessário apagar todos os ficheiros que compõem o seu site. Apenas a substituição do index.htm

Este protesto só terá significado se um número considerável de pessoas estiver interessado em participar. Naturalmente outras sugestões são bem-vindas.


Agradeço a vossa resposta o mais breve possível.

Com os mais sinceros cumprimentos
Engº João Neves Barradas




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domingo, 27 de julho de 2003

O sítio não serve para nada...


... e o blog também não



Livros para Timor


Na sequência do vosso pedido de envio de livros para Timor, arranjei alguns (o maior número possível de autores portugueses) e tentei expedi-los para Timor. Como somavam quase seis quilos, para expedi-los em embalagem só o podia fazer em correio prioritário (e não como correio económico), pelo que teria de pagar a simpática quantia de 95 euros (19.000$00). Não tendo posses para tal, desmanchei a caixa e comprei dois envelopes almofadados gigantes, onde dividi a carga para menos de dois quilos por envelope. Mesmo assim, por cada envelope em correio económico paguei 16,50 euros (3.300$00). No total, a minha despesa para tentar fazer uma coisa que beneficia muito a imagem de Portugal e dos portugueses foi de quase 35 euros (7.000$00), incluindo envelopes adicionais - muito longe dos dois euros referidos no vosso artigo por cada dois quilos de envio.
Penso que isto se deve principalmente às espertezas existentes nos despachos alfandegários que tentam esmifrar mais um tostão onde quer que haja oportunidade para isso. O meu erro está na declaração estimada do valor do envio? Deveria ter sido esperto e aldrabar, como todo o bom português? A informação que a NM divulgou foi obtida por um jornalista ou fornecida por alguem de fora?
Ricardo Alegre

NR:Tem o leitor razão quando sugere que nos foi dado o preço errado. O custo por envelope até dois quilos, em correio económico para Timor, não é de dois euros, mas sim 2,70 euros. Muito longe, também da quantia que o leitor pagou. Não sabemos onde despachou os livros para Timor, mas podemos garantir-lhe, mediante confirmação junto dos CTT do Campo Grande (Lisboa), que em vez dos 16,50 euros o leitor deveria ter pago apenas 2,70 euros por cada envelope. Só se tivesse enviado em correio normal (avião) é que pagaria os 16,50 euros. Sera que o(a) funcionário(a) que o atendeu confundiu correio económico com correio normal?
Nos CTT do Campo Grande informaram-nos também que, e ao contrário do que terão dito ao leitor, poderia ter despachado os seis quilos numa só embalagem, podendo optar pelo envio em Express Mail (219,56 €); em correio económico (61,78 €); ou em correio normal/avião (94 €).


transcrito de Notícias Magazine nº 583, rubrica "Faça-se Ouvir", página 14, edição DN de hoje





É difícil evitar umas graçolas a este respeito, até porque se trata de algo politicamente sensível. E não esquecer que este mesmo assunto foi aqui mesmo comentado, e há bem pouco tempo.

Porém, devemos começar pelas ilacções a retirar deste sarilho.
Primeiramente, temos que a responsabilidade cabe por inteiro ao próprio Diário de Notícias, que publicou uma "notícia" com mais de dois anos como se fosse uma grande novidade. Entretanto, as premissas correlacionadas (preços de portes, canais de comunicação, circunstâncias e enquadramentos político-económicos) mudaram radicalmente, o que implica a total e óbvia nulidade daquela "notícia". Foi o DN o que induziu as pessoas em erro, manifestando a mais profunda incompetência e o maior desrespeito para com os seus leitores, já não referindo os verdadeiros prejudicados em tudo isto: os timorenses e os portugueses em Timor.
Em segundo lugar, devemos concluir que uma coisa é a tabela de preços dos CTT, outra é aquela que se pratica na "estação" do Campo Grande (Lisboa), e ainda outra será a que "serviu" o reclamante. Ou não? A tabela de preços actual é esta e até se pode calcular o custo de envios postais com este simulador do site dos CTT (o qual, por acaso, é excelente). Acresce que é cada vez mais comum as pessoas que trabalham nos CTT (e na TAP, e na PT, e no diabo a quatro) confundirem preços ou não distinguirem Timor do Burkina Faso; Lorosae, para cada vez mais portugueses, "é mais bolos", algo entre uma marca de refrigerantes e uma especialidade gastronómica da Malásia.
"Terceiramente", parece que ninguém utiliza, em Portugal, nem computadores nem Internet; a chamada infoexclusão também é para aqui chamada; que o leitor do DN ande longe destas coisas, enfim, compreende-se; mas o próprio jornal - o de maior projecção nacional - também não tenha ninguém que saiba abrir um "site" (sáite), a terem eles mesmos, lá na redacção, de telefonar (!!!) para saber preços, bem, caros amigos, isto não é infoexclusão coisa nenhuma, isto é pura - outra vez - incompetência.
Quarto: eu sou Português, não me considero nem particularmente esperto nem especialmente "bom", mas o certo é que não tenho por hábito aldrabar. Que alguém diga a esse senhor que nem toda a gente se enquadra nesse "espírito nacional". Mas concordemos no essencial, de facto isto é um país de espertalhões, de cima a baixo, democraticamente sem distinção de classes, desde governantes a empregados de balcão, quase toda a gente alinha em esquemas, aldraba, rouba e finta o "sistema"; o próprio "sistema", ó milagre, ó vã glória e etecetera e tal, se rouba a si mesmo,. O nacional-porreirismo está aí, para lavar e durar, e isto das tarifas - de correio ou quaisquer outras - é um sintoma bem evidente desta maleita nacional, vertical, total, essencial. Pois, isso, é Portugal.
Quintamente: o que é isso de "correio normal/avião"? O correio anormal vai a nado? Ou vai seis mesitos no porão das caravelas? E, olha cá, escuta, livros de escola por Express Mail? Hmmm? Isso não é um bocadinho demasiadamente muito? E atão se há correio "económico" pra que é o outro? O... caríssimo? Hem? Prás tias brilharem no emprego, hem? Tipo ai, filha, nem me fales, hove enviei uns livritos pra Timor, távere, em correio normal, távere, que o outro é prá gentinha, qu'órrôre, o económico óquié, sei lá!
Por fim (finalmente), esta coisa implica ainda uma outra lição (ou devida ou de vida, ou ambas): o sítio de Timor não serve, afinal, para coisa alguma. O blog que lê neste momento, parte integrante daquele sítio (sáite), é também de uma inutilidade a toda a prova. A evidência é esta: se cumprisse a sua função - ao menos informativa - nada disto teria acontecido. Mas agora há por aí um ou dois "blogs" sobre o assunto, com umas transcrições de jornais em Língua inglesa, referenciados como de "serviço público". Ora bem. Haja saúde.
Tomemos medidas.


segunda-feira, 21 de julho de 2003

Questions?


Muita gente pergunta(va) isto e mais aquilo sobre Timor-Leste. Ora bem, porque não vão à fonte? Vá lá, esta é que é a chamada geralmente bem informada:

Central Intelligence Agency, CIA

Bela prenda







Enviado por J. Gomes, recebemos este belo desenho da autoria de sua esposa, Sr.ª D. Milú, natural de Timor.
É com o maior gosto que passará a figurar também na sequência de imagens de entrada do sítio.

domingo, 20 de julho de 2003


Finalmente!


Três anos depois da "fundação" do Sítio de Timor, por fim aparece uma referência. E sem erros de Português, espantoso, sem referências estranhas, curioso, sem comentários absurdos, ora, que esquisito. Ainda mais admirável, esta muito tardia, espúria, talvez única referência, quanto mais o tema (Timor, lembram-se?) é cada vez menos mediático e cada vez mais proscrito. É preciso alguma coragem, mesmo política, para falar - hoje em dia - de Timor; se o sítio pode servir, ao menos, de pretexto para que o tema não morra de vez, óptimo, isso apenas pode ser motivo de orgulho.

Ao(s) autor(es), os maiores agradecimentos.

O artigo completo sobre o sítio está em http://tek.sapo.pt/4M1/408255.html.

imagem original de TEK.sapo.pt



segunda-feira, 7 de julho de 2003

Publicado no Abrupto de Pacheco Pereira


CARTA DE TIMOR

Uma amiga minha, a "Z." , foi para Timor e lá leu o Abrupto. Os cliques vem de lá, no pequeno espaço asiático do contador, e, conhecendo a "Z.", devem ser suficientes para elevar o longínquo pico. De Timor, escreveu-me uma carta com o olhar das inglesas na Índia, da Passage to India , medido pela distância de ser portuguesa e não inglesa. Mas é um olhar "colonial" muito especial, que talvez só agora os portugueses possam começar a ter. Aqui ficam, dos antípodas, as palavras:

"Estou em Timor. Nem me lembro se houve alguma razão que me fez escolher Timor para os próximos anos. Nem demorou mais do que se tivesse feito rodar um globo e apontado com um dedo de olhos fechados, para onde imaginei acertar nos trópicos. Abruptamente...
(...)
A Ásia é fabulosa. Size matters. Mais um planeta. Uma sensação de que vivo mais uma vida do que aquela a que tenho direito.
Eu estou nas sete quintas... Nada funciona numa lógica linear de maneira que estou no meu habitat preferido. É tão fácil viver aqui. Um imenso calor dia e noite, uma humidade acima dos 85%, o som dos helicópteros que chegam directamente de Hanói e esta coerência arquitectónica neo-realista tipo Beirute em 1985. E nem tenho que pagar o preço de um "cenário de guerra". Parece um dos lugares mais seguros do mundo. Ando aqui de um lado para o outro a qualquer hora sem problema nenhum. Até a guerra no Iraque ficou lá para outro planeta onde ainda há guerras e para outro tempo que não aquele em que vivemos aqui.
As notícias que acompanhei em directo na BBC e na CCN mais pareceram documentários do que noticiários.
Só cheguei em Janeiro de forma a que o 4 de Dezembro para mim nunca aconteceu. Apesar de bastar uma pequena faísca para isto virar um enorme fogo de artifício (que é o que vai acontecer no segundo imediatamente seguinte à retirada dos militares) parece quase impossível que esta gente se transforme tão facilmente em monstros furiosos. Mas isso seria compreender a própria Ásia, que é tão fabulosa. Tão diferente de tudo. Size matters.
Pois é, seja a nostalgia que me fazem os helicopteros Puma, o peso do calor dos trópicos, ou o simples facto de não estar em Portugal ou na Europa, a verdade é que daqui só saio por motivos de força maior. E mesmo assim…
Neste momento estou cá sózinha, mas a situação corriqueira é com parte da família que agora está aí de férias. (...) Também temos Bridge e gin tónico. (...) Até tenho cães! Três cães. Isto deve soar à India do tempo colonial...
Pouca coisa me liga ao nosso país. Ainda me ligo a pessoas. (,,,)
Nos últimos seis meses estive tão actualizada sobre os debates do estado da nação, os disparates dos do costume ou sobre o que vai sair nos jornais do dia seguinte, como quando estava em Lisboa. É igual conversar ao telefone de Lisboa para Lisboa ou entre Berlim e o Suai.
Impressionante as linhas que ainda dedico a este tema, não é?
Farto-me de viajar. Por aqui. Pela minha área. Para a semana vou para Java. Espero apanhar um banho de verdadeiro caos em Jacarta. Imagino que incompreensível para si.
Quando me perguntaram em miúda qual era a colecção que eu fazia, eu respondi de monstros. Perguntaram-me de seguida se eu tinha pesadelos, disse que não. Mas que os meus monstros tinham muitos pesadelos...
Em relação aos lugares, provavelmente, também me apaixono pelos seus defeitos. Ou pelo contraste dos dois lados da mesma moeda, isto é, do mesmo objecto."


Perfeitamente. Transcrito com a devida vénia.

Última Hora! Breaknews! Párem as rotativas!


O prestigiado jornal Diário de Notícias publicou, na revista "Notícias Magazine" de ontem dia 7, a seguinte notícia:

Em TIMOR LESTE há uma escola, com quase dois mil alunos, e com uma biblioteca cujas prateleiras ainda se encontram vazias.
Colabora, enviando dicionários, gramáticas de língua portuguesa, prontuários de ortografia, livros didácticos para o ensino básico secundário, livros infanto-juvenis, cassetes aúdio de música portuguesa, cassetes vídeo com filmes/documentários em português ou legendados em português, mapas, atlas, etc...
É fácil e barato! Envia através dos CTT, encomendas em correio económico, até 2 kg, categoria 1, âmbito 2EUR, para:

Cláudia Palmeira
Missão de Portugal
Díli
Edifício Acait
Rua Dr. António de Carvalho
Díli-Timor Leste


Esta carta está publicada no sítio desde 29 de Abril de... 2002; há 432 dias, portanto. Ou, como diria o falecido Contra-Almirante, há precisamente um ano, dois meses e sete dias.

Ora isto é que é jornalismo, estar em cima do acontecimento, etc. Sim senhor. Parabéns.

No entanto, porém, contudo: a "Missão" ainda existe? O preço da encomenda postal mantém-se? Por acaso alguém sabe se a destinatária das encomendas ainda lá está? Não houve quaisquer resultados nestes dois anos? Nem um livrinho para amostra? Continuam a precisar de livros, nessa escola? E nas outras, como estão as coisas?

Mistérios insondáveis que a "notícia" não esclarece.